quarta-feira, 25 de julho de 2012

ANS reconhece abuso diz que regulamentará reajustes de convênios coletivos


Em entrevista ao Correio Braziliense, o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Maurício Ceschin, prometeu regular os reajustes de convênios coletivos que agregam quase 80% das pessoas e que, mensalmente, pagam pela assistência da rede privada.  Na avaliação do presidente do órgão não há mais como, de um ano para outro, os consumidores serem surpreendidos com aumentos que beiram os 40%. Segundo ele, a instituição está disposta a punir as operadoras: “Temos que garantir a entrega daquilo que foi contratado”, disse.
A meta da ANS é definir um percentual único de reajuste para todos os planos administrados por uma mesma empresa. Isso será possível pelo que chama de pool de risco, a diluição dos custos entre todos os clientes das operadoras. O benefício atingirá, principalmente, convênios com até 30 pessoas, de micro e pequenas empresas, donas da maioria dos contratos. A partir do próximo ano, inclusive, esses convênios — os únicos que ainda têm carência para atendimento — darão direito à portabilidade, ou seja, o usuário poderá mudar para outra companhia que lhe ofereça serviços melhores.
Diante do rápido envelhecimento da população brasileira e dos custos crescentes com saúde, a ANS está propondo ao governo a criação de planos atrelados à capitalização. Ou seja, ao longo da vida, uma parcela da mensalidade será direcionada para uma poupança, que cobrirá parte do preço do convênio depois da aposentadoria do beneficiário, até o fim de sua vida. Historicamente, quando um trabalhador se aposenta, a renda diminui, com as despesas médicas se tornando um drama para a grande maioria. 

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