segunda-feira, 28 de maio de 2012

Médicos de mãos dadas com usuários


A Comissão Distrital de Honorários Médicos (CDHM) promoveu duas manifestações pelo Dia Nacional de Advertência aos Planos de saúde. Antecipando o movimento, na noite de 24 de abril, acenderam cerca de 640 velas em frente ao Congresso Nacional representando os mais de 680 mil usuários de planos de saúde da região metropolitana do Distrito Federal






A Comissão optou pela não suspenção dos
atendimentos, como nos protestos de 7 de abril e 21 de setembro de 2011. “Não quisemos penalizar os pacientes, nem os médicos”, diz o porta-voz da Comissão e presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho. Por menores que sejam os honorários pagos pelas operadoras, os atendimentos aos usuários de planos constituem cerca de 90% das consultas médicas particulares e a maior fonte de renda dos médicos. “Precisamos fazer um movimento lastreado na união das especialidades médicas e usando os melhores recursos de comunicação com a sociedade e bastante criatividade”, afirma Fialho. 

Na manhã seguinte, em continuidade à mobilização “Médicos em defesa dos usuários dos planos de saúde”, os doutores e estudantes de medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), das Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (Faciplac) e da Universidade Católica de Brasília realizaram ação voltada para a sensibilização da população em relação aos seus direitos frente às operadoras dos planos na Rodoviária do Plano Piloto, das 7h às 14h. Enquanto médicos e estudantes aferiam pressão arterial dos passantes, 350 mil cartilhas de bolso, com dicas rápidas sobre como utilizar os planos de saúde foram distribuídas nas imediações do local da manifestação e nas áreas de concentração de hospitais e clínicas da cidade. Outras 50 mil foram distribuídas nos dias seguintes.

Responsabilidade socioambiental
Se, por um lado, as manifestações se propuseram a esclarecer a população quanto aos planos de saúde, por outro, não deixaram de levar em conta outro grupo social menos favorecido. Para evitar dano ao gramado do Congresso Nacional, as 640 velas foram acondicionadas em candelabros feitos de garrafas PET pelos membros da Cooperfênix, cooperativa de coleta seletiva reciclável estabelecida em Santa Maria. 

Repercussão
A mobilização brasiliense ganhou destaque tanto em nível local quanto nacional. A manifestação em frente ao Congresso Nacional foi capa da edição do Correio Braziliense do dia 25 e da edição 207 do Jornal Medicina do Conselho Federal de Medicina. Durante a noite de 24 de abril e manhã de 25, o presidente do SindMédico-DF, o do CRM/DF, Iran Augusto Cardoso, e colaboradores da CDHM deram entrevistas a todas as emissoras de TV da cidade e às rádios noticiosas. Na internet o movimento foi comentado tanto em sites de veículos de comunicação de massa e agências de notícias quanto em blogs. “Essa repercussão só foi possível graças ao empenho de uma equipe de comunicação profissional. Nossa voz tem de ser ouvida, temos de sensibilizar a população, o Legislativo e o Judiciário, além do Executivo sobre este e outros aspectos da saúde em nosso país”, afirma o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho.

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