quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Paralisação de 24 horas em 21 de setembro


No dia 21 de setembro, os médicos que trabalham nas unidades particulares de saúde do Distrito Federal vão suspender, durante 24 horas, o atendimento aos usuários dos planos de saúde Amil, Bradesco, Golden Cross e Sul América. As consultas e procedimentos agendados para essa data serão remarcados, sem prejuízo para os pacientes. Ao fim desse protesto, às 20h, a categoria se reunirá em assembleia na Associação Médica de Brasília (AMBr) para definir se suspenderão o atendimento por período mais longo e eleger os novos planos de saúde alvos do movimento.
Juntas, as quatro operadoras que serão alvo do protesto do dia 21 de setembro dominam 33,67% do mercado de planos e seguros de saúde no Distrito Federal e sua região metropolitana (210.930, de 626.316 portadores). Em âmbito nacional, essas empresas dominam 28% da receita geral desse segmento que chamam “mercado de saúde suplementar” – os 72% restantes são rateados entre 1.622 outras operadoras com registro ativo na Agência Nacional de Saúde (ANS).

Os médicos protestam contra essa visão mercantilista, na qual a medicina é produto, pacientes e médicos são componentes de planilhas de lucros e despesas, e a saúde dos pacientes não é mais que uma relação de custo/benefício para as operadoras. A exorbitância dos lucros dessas empresas justifica que a devida correção dos valores referentes aos honorários médicos seja feita sem repasse à população.
A insatisfação com os planos de saúde também é sentida pelos usuários. Das quatro operadoras na mira dos médicos brasilienses, Golden Cross e Sul América têm índices de reclamações registrados na ANS bem acima da média de suas congêneres de mesmo porte, figurando entre as dez piores, na visão dos portadores de planos.
A mobilização será realizada por todo o Brasil, mas as entidades de cada unidade da federação definem quais serão os planos de saúde alvos do protesto. Em Brasília, o movimento Saúde sem Exploração é organizado pela Comissão Distrital de Honorários Médicos (CDHM), integrada por representantes do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM/DF), da Associação Médica de Brasília (AMBr) e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF).

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